Transformação da cultura: podemos realmente mudar hábitos no trabalho?

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AUTHOR
Carolyn Taylor

Cultivar novos hábitos e formar novos comportamentos não é fácil e muitas vezes requer apoio.

Work habits to tackle to accelerate culture change

A cultura é um reflexo dos comportamentos que são a norma em uma organização. Consequentemente, mudar uma cultura requer uma mudança de comportamento. Em particular, exige que os elementos-chave — aqueles em posições de influência — adotem os comportamentos que desejam ver nos outros. 

Na Walking the Talk, temos uma visão clara desde que começamos: tornar realidade o sonho de uma cultura próspera e sustentável para todos os negócios. E fazemos isso com nossos clientes, capacitando-os a adotar novos comportamentos e mudar hábitos de forma eficaz, para que uma transformação de cultura bem-sucedida e duradoura possa ocorrer. 

Uma vez que concluímos as etapas mais formais de nosso trabalho (ajudar um cliente a definir a cultura que ele quer, avaliar a cultura atual, construir um plano para atingir a cultura-alvo), nosso relacionamento com o cliente inevitavelmente se volta para ajudar os líderes a “fazer o que falam”. 

O primeiro passo é garantir que seus líderes sejam muito claros sobre o que realmente acontece quando eles agem de acordo com seu discurso. Isso pode parecer simples, mas o diabo está nos detalhes. Por exemplo, muitas organizações agora aspiram a implementar uma “cultura de risco”. Mas descobrimos que a maioria dos líderes fica relutante em nomear membros de sua equipe que apresentam de forma consistente comportamentos de uma “cultura de risco”. É mais fácil identificar o comportamento que não desejamos do que aquele que desejamos. O mesmo se aplica a comportamentos 'centrado no cliente', 'inovador' ou 'colaborativo'. 

Com base nessa experiência, criamos 42 aspirações culturais (todas as culturas-alvo que nossos clientes já almejaram). Elas variam de coragem a generosidade, de coaching a focado, de risco a realização. Em seguida, analisamos os 10 comportamentos observáveis com maior probabilidade de contribuir para esse tipo de cultura e construímos um comportamento especial que permite aos usuários rastrear esses comportamentos em si mesmos, em suas equipes e em seus colegas. Além disso, criamos 50 passos de coaching para cada aspiração que levam os usuários a adotar esses comportamentos no dia-a-dia. 

Essa ferramenta se chama Habi (construindo novos hábitos). E enquanto pesquisávamos para criá-la, aprendemos o que é preciso para adotar um novo comportamento. Aqui estão algumas dicas que você pode achar úteis: 

 

Um comportamento de cada vez. Nossa ferramenta deliberadamente permite que os usuários escolham até cinco comportamentos para serem monitorados. Por quê? Porque sabemos que listas muito longas não funcionam. Mas fomos surpreendidos. Quando as pessoas começaram a usar a ferramenta, a maioria descobriu que cinco comportamentos era demais. Os melhores resultados foram obtidos com um, ou no máximo entre 2 e 3 comportamentos por vez. 

Pense desta forma: imagine que você está em uma reunião e quer ter certeza de que está exibindo um comportamento específico. Digamos que esse comportamento seja: “Fiz sacrifícios na minha área para o bem do todo” (comportamento associado à Generosidade). Para adotar esse comportamento, você precisará estar realmente focado em buscar momentos em que surja a oportunidade de oferecer esse sacrifício. Isso, junto com sua participação normal no conteúdo da reunião, é suficiente para investir a maior parte da sua atenção. Após se concentrar incansavelmente nesse comportamento por 2-3 semanas, geralmente ele se torna habitual. É então possível para a pessoa passar para o próximo comportamento. 

  

Recompensa. Precisamos nos sentir bem com nossos esforços para adotar um novo comportamento. Você já se perguntou por que todos nos tornamos tão viciados nas várias atividades que nos são oferecidas nas mídias sociais? Os designers de tecnologia dominaram o que é chamado de 'gamificação', um processo que inclui o uso de recompensas para nos encorajar a continuar jogando e retornando. As recompensas podem ser tão simples quanto ver nossa pontuação subindo, comparar nossas pontuações com as de outras pessoas, ou pode ser algum reconhecimento especial por uma conquista específica – atingir um determinado nível por exemplo. As recompensas também podem vir de outras pessoas, verbalmente, por meio de comentários ou ‘curtidas’. Para o Habi, projetamos um conjunto específico de recompensas para a versão 1 e temos um novo conjunto planejado para a versão 2. Se você deseja adotar um novo comportamento em sua vida pessoal, é vital que você crie sua própria forma de recompensa e a construa em seu plano. 

  

Lembretes. Mesmo para aspirações simples, precisamos de gatilhos para nos lembrar de fazer o que pretendíamos fazer. Sem eles, podemos ser notavelmente bons em esquecer. Os gatilhos ligam nosso comportamento pretendido a um evento ou momento específico. Por exemplo, alguém da equipe pode lembrar a todos no início e no final de uma reunião o compromisso compartilhado da equipe de ser mais focado e disciplinado. Você também pode vincular seus novos comportamentos pretendidos a momentos específicos do dia. Por exemplo, tenho trabalhado em ‘cuidado’ como um objetivo e tenho me concentrado em perguntar às pessoas algo sobre sua vida pessoal durante nossa primeira interação do dia. É um gatilho simples, mas eficaz. 

Ao procurar mudar hábitos para sempre, lembre-se destas três coisas: Gatilhos (lembretes), Resposta (um comportamento de cada vez) e Recompensa (encontre o fator sentir-se bem).
 

Para saber mais sobre o Habi e como ajudamos as pessoas a adotar novos comportamentos em suas organizações, clique aqui.  

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