A chegada da primavera - e do quarto trimestre - normalmente é uma época em que as empresas estão analisando seu progresso até o momento e
Eu amo ir ao Café Nero, uma rede de cafeterias de Londres. Gosto da forte mistura do café italiano, da equipe simpática, do fato de ter um aplicativo para o meu telefone e de ser tão fácil tomar um café quando estou com as mãos cheias. Eu também amo Joe & Juice por causa do ambiente de suas lanchonetes; gosto como a cafeteria Black Sheep dá café grátis para os sem-teto e gosto do Starbucks também, porque é conveniente. Quando li uma notícia que o Café Nero estava dando bebidas grátis para os profissionais de saúde durante a pandemia, senti uma onda de lealdade em relação a eles. Eles estavam fazendo algo pelos outros mesmo em um momento tão difícil para a economia, então senti uma forte necessidade de fazer tudo o que pudesse para apoiá-los, naquela época e também no futuro.
A forma como uma empresa se comporta em tempos difíceis reflete seus verdadeiros valores e impacta como nós, clientes, funcionários e comunidade escolheremos nos envolver com eles no futuro.
Valores da cultura corporativa
Mesmo antes da pandemia, a importância dos valores vinha crescendo. Uma pesquisa de 2019 (relatório Salesforce 2019) já mostrava que 55% dos consumidores preferiam comprar de empresas com bons valores. Especialmente as empresas que são transparentes, promovem a igualdade, são éticas, que retribuem ao planeta e às comunidades e agem de acordo com seus discursos. A maioria dos candidatos a emprego (77%) está usando a cultura como critério de tomada de decisão antes de ingressar em uma empresa e 66% dos millennials valorizam mais a cultura do que a remuneração.
A sociedade está cada vez mais consciente da importância dos valores e de como as empresas se comportam, e nossa atenção a isso está redobrada. Tudo é intensificado hoje.
A crise do COVID trouxe à tona o melhor e o pior das pessoas e das empresas. E as pessoas perceberam. No Twitter, era comum ver questionamentos sobre como as organizações responderam à crise. As empresas mantiveram seus funcionários seguros? Elas apoiaram o sistema de saúde? Elas demitiram ou tentaram proteger empregos?
Wholefoods e Amazon, por exemplo, aumentaram os salários durante a crise, McDonalds e Café Nero deram café grátis. Outras empresas criaram fundos; começaram a fabricar produtos alternativos para apoiar a economia; ou se ofereceram para continuar a pagar seu pessoal, mesmo antes dos incentivos do governo.
A pandemia fez com que nos sentíssemos perturbados e vulneráveis, nos fazendo buscar coisas que normalizassem nosso mundo e nos dessem esperança. Como resultado, passamos a valorizar mais as empresas e as pessoas que demonstram generosidade genuína.
Por que a generosidade é importante agora?
A generosidade (doação genuína, sem esperar nada em troca) desencadeia nossa norma de reciprocidade. A norma da reciprocidade opera com base em um princípio simples – nos sentimos obrigados a retribuir um favor que alguém nos faz.
Neste caso, a reciprocidade não reside apenas no nível individual, está sendo demonstrada no nível comunitário. Onde as empresas estão intensificando e intervindo para nos apoiar como uma comunidade e não há vantagens imediatas evidentes para elas, a comunidade, por sua vez, se reúne em torno delas, criando um ciclo positivo que, esperamos, nos ajude a superar as crises.
Por outro lado, precisamos lembrar que existem muitas empresas que estão lutando para sobreviver - normalmente negócios pequenos ou familiares. A generosidade pode simplesmente não ser uma possibilidade para elas. Nesses casos, como membros de sua comunidade, devemos garantir que sejamos generosos em nosso apoio a essas empresas, para que todos avancem para uma sociedade mais saudável, mais conectada e mais positiva.
Para todas as empresas, comunidades e indivíduos que estão indo além para contribuir para o bem maior:
Lembre-se que sempre podemos fazer mais e ser mais.
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