Abrir mão do poder não é fácil

Eu era apenas uma adolescente quando li pela primeira vez a pergunta "o que eu faria se não tivesse medo?". Eu era jovem e insegura, com toda a angústia da juventude e de não saber meu lugar no mundo. Fui ingenuamente invadida pela confiança de que, quando crescesse, me tornaria destemida, pois de alguma forma teria todas as respostas - ou pelo menos o suficiente para ser ousada.

No entanto, a vida é interessante. Quanto mais você experimenta e mais você sabe, mais você percebe o quão pouco você sabe de fato. Não é incrível como, como executivo sênior e líder, às vezes você ainda possa sentir que não sabe muito mais do que sabia quando tinha 18 anos?

Porém, como líderes, de alguma forma há uma pressão, um senso comum de que todos vocês sabem tudo, que são onipotentes. Não há dúvida de que a experiência proporciona conhecimentos e lições, mas não transforma ninguém em um oráculo onisciente.

Admiro particularmente os líderes que são capazes de reconhecer que todo o conhecimento não pode ser detido por apenas uma pessoa, mas sim por uma comunidade. Esses líderes são capazes de colocar seu próprio ego de lado para reunir um time que é formado por uma combinação de jovens e velhos, experientes e inexperientes, porque a diversidade de perspectivas provou repetidamente ser uma das maiores fontes de sucesso.

Abrir mão do poder não é fácil, distribuir o controle em uma comunidade é difícil e, inevitavelmente, é improvável que os resultados sejam como o líder teria imaginado. No entanto, a experiência mostra que equipes empoderadas com líderes humildes e orientados por valores promovem inovação, engajamento e sucesso nos negócios.

O que eu faria se não tivesse medo? Construiria uma comunidade!

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