Mentalidade adaptável: a chave para construir uma cultura Ágil

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AUTHOR
Amanda Fajak

Como seres humanos, somos essencialmente adaptáveis. Somente nesta década, lidamos com uma pandemia global, mudanças fundamentais na natureza do trabalho, IA, turbulências geopolíticas e muito mais. Mas, para se manterem competitivas, as organizações precisam ser capazes de responder às mudanças de forma rápida e integrada. O verdadeiro desafio é: como você pode expandir uma mentalidade adaptativa em toda a sua organização, para desenvolver a cultura ágil que é essencial para sobreviver, e até mesmo prosperar, em meio a mudanças constantes e incertezas? 

Por que tantas empresas têm dificuldade em criar uma mentalidade adaptativa?

Nossa opinião é que a agilidade organizacional e uma cultura ágil são o resultado de uma mentalidade adaptativa, e também o ingrediente-chave para a adoção da IA. Muitas organizações têm dificuldade em desenvolver mentalidades adaptativas por uma combinação de razões culturais, estruturais e psicológicas.

Historicamente, as organizações foram construídas com base na estabilidade, no controle e na previsibilidade, por isso muitas vezes as pessoas se apegam ao que funcionou no passado, mesmo que já não seja eficaz. Embora muitas organizações tenham implementado processos ágeis, como não possuem a mentalidade adaptativa necessária, elas estão fazendo ágil, não sendo ágeis.

O pensamento adaptativo requer mais do que mudar processos, significa mudar as crenças e mentalidades subjacentes dos funcionários. Muitas culturas punem os erros, então as pessoas evitam riscos. Esse medo sufoca a flexibilidade. Os líderes costumam falar sobre agilidade, mas não dão o exemplo com seus próprios comportamentos, e se a liderança não estiver aberta à experimentação, ao aprendizado e à mudança, o resto da organização também não estará.

 

Por que a mentalidade adaptativa é tão importante em um mundo BANI como o nosso?

Nossa experiência mostra que uma mentalidade adaptativa permite que você enfrente a incerteza de frente, tome decisões mesmo com informações incompletas e desenvolva sua resiliência pessoal.

Mas, para ser claro, a mentalidade adaptativa e a agilidade que ela cria não se resumem apenas à velocidade, mas à criação de uma cultura definida pela experimentação, colaboração, foco no cliente e empoderamento, para que você não apenas reaja às mudanças, mas as aproveite proativamente a seu favor. E em um mundo onde o ritmo das mudanças segue em uma única direção, a capacidade de responder rapidamente, superar resistências, iterar e inovar, e continuar a executar se torna um diferencial fundamental para o seu negócio.

Por exemplo, a Amazon pivotou durante a COVID-19. Ela rapidamente expandiu sua logística e armazenamento para suportar a demanda crescente, implementou entregas sem contato humano e transferiu funcionários de centros de distribuição com baixa demanda para centros com alta demanda. Um estudo de 2021 da McKinsey identificou que as empresas mais adaptáveis tinham 1,5 vezes mais chances de superar os concorrentes.

Este é outro “momento Kodak” e a maioria dos líderes não irão enxergar isso até que seja tarde demais. Adaptabilidade não é mais um valor, é sobrevivência. Agilidade não é simplesmente uma entre várias opções, é a única opção. E se você não começar a desenvolver essa mentalidade adaptativa logo, você ficará para trás.

 

Como desenvolver uma mentalidade adaptativa na organização?

As organizações mais bem-sucedidas que vemos priorizam incondicionalmente a construção de uma mentalidade adaptativa. Isso começa com três ingredientes essenciais:

  1. Ter um propósito claro. Em nossa experiência, existe uma linha tênue entre ser adaptável e mergulhar no caos. A diferença crucial entre as organizações que conseguem equilibrar isso é o fato de terem um propósito claro e metas bem definidas, que mantêm as pessoas focadas, mesmo quando é preciso ajustar o rumo constantemente para se adaptar ao ambiente.
  2. Desenvolver resiliência pessoal como competência central. Capacitar seus colaboradores para construir sua própria resiliência, lidar bem com a ambiguidade e cultivar uma mentalidade adaptativa permite que eles liderem a si mesmos e aos outros diante de qualquer mudança que venha a acontecer.
  3. Estimular a segurança psicológica. Na nossa visão, a segurança psicológica é um elemento essencial para que as pessoas possam experimentar, se expressar e trazer opiniões do cliente, além de identificar oportunidades de eficiência e novos insights de mercado. Ouvir diretamente os colaboradores permite que a organização se adapte mais rapidamente. E os dados confirmam: uma pesquisa da Professora Amy Edmondson, da Harvard Business School, revelou que equipes com alto nível de segurança psicológica têm 76% mais chances de se adaptar com sucesso em mercados voláteis.

Não resta dúvida de que empresas com uma mentalidade adaptativa estão melhor posicionadas para serem centradas no cliente, aproveitarem a resiliência e, quando estão ancoradas em seu propósito, conseguem continuar a entregar resultados apesar da incerteza. A questão não é mais se as organizações devem adotar a agilidade, mas se elas têm a mentalidade adaptativa necessária para fazê-la funcionar.

Podemos estar vivendo em uma era de caos, mas existem capacidades culturais essenciais que você pode desenvolver — incluindo accountability, experimentação e resiliência — que impulsionarão o crescimento do seu negócio, não importa o que aconteça.

 

A Walking the Talk | ZRG Consulting é sua parceira na transformação cultural, aceleração dos negócios, desenvolvimento da liderança, avaliação e planejamento de sucessão, coaching executivo e aquisição de talentos.

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