Os argumentos para que a cultura tenha uma posição-chave na agenda estratégica nunca foram tão convincentes.
Em pesquisa realizada pela Walking the Talk, verificou-se que 81% dos analistas de investimento relataram que suas decisões de compra ou venda foram impactadas em alguma medida pela cultura de uma organização. Esses analistas estão ficando cada vez mais sofisticados na forma como avaliam a cultura, usando, em média, de 6 a 8 fontes de dados para formar sua visão. Está claro que a comunidade de investidores está levando a cultura a sério e que a cultura está começando a impactar a forma como as empresas são avaliadas.
Em outra pesquisa publicada pela Duke University, 90% dos executivos disseram que a cultura é importante para suas organizações e 78% disseram que a cultura está entre as cinco principais coisas que tornam sua organização valiosa. No entanto, apenas 15% disseram que sua própria cultura corporativa está exatamente onde precisava estar, e 92% disseram acreditar que melhorar a cultura corporativa de sua organização melhoraria o valor da empresa.
Além disso, duas pesquisas recentes também demonstram a necessidade de as organizações colocarem a cultura como uma prioridade fundamental se quiserem atingir ou superar as metas de desempenho. Um estudo realizado pela Glassdoor demonstrou a importância da cultura quando se trata de retenção de talentos – um aspecto fundamental do desempenho dos negócios. A cultura da empresa era o fator número um que importava, à frente do salário dos funcionários, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e benefícios pessoais.
A outra pesquisa veio da EY, que entrevistou 100 membros do conselho de empresas FTSE 350. Mais da metade dos entrevistados (55%) afirmou que “investir em cultura aumentou seus lucros operacionais em 10% ou mais”. Além disso, 86% dos entrevistados disseram que a cultura era “fundamental ou muito importante” para a estratégia de sua empresa e 92% disseram que “investir em cultura melhorou seu desempenho financeiro”.
Lendo essas pesquisas e relatórios, parece haver uma desconexão dentro das empresas; embora a cultura seja uma prioridade aparentemente tão alta, ainda não é uma prioridade estratégica firme.
Quatro coisas parecem estar ocorrendo:
1 – Muitas empresas estão falando de gestão da cultura, mas não agem de acordo (fazem declarações de valores, discutem como a cultura é importante, lançam campanhas de comunicação, etc).
2 – As empresas estão engajadas na cultura, mas o fazem superficialmente, ou seja, implantando novos sistemas ou reestruturando a organização.
3 – Algumas empresas estão trabalhando na liderança, mas não sistemicamente em todos os elementos que criam a cultura.
4 – Poucas empresas estão trabalhando sistemicamente na cultura e nas crenças e comportamentos dos líderes.
Recentemente, perguntamos a um grupo de profissionais seniores: o que é preciso para colocar a cultura com sucesso na agenda estratégica? Aqui estão seus insights que gostaríamos de compartilhar com você.
Principais insights
O que significa "colocar a cultura na agenda estratégica"?
A discussão destacou a importância do que a Walking the Talk chama de Símbolos, definidos como “eventos ou decisões aos quais as pessoas atribuem um significado, além do originalmente pretendido” (Taylor, C. 2015, 'Walking the Talk: a Cultura através do Exemplo'):
Os ingredientes que ajudam a pôr a cultura na agenda estratégica
A discussão destacou uma série de fatores que, na experiência do grupo, foram importantes para tornar a cultura uma prioridade maior.
- O grupo discutiu que a cultura muitas vezes só se torna o foco de uma organização quando se torna um “incêndio”. É preciso uma liderança decisiva para colocar a cultura na agenda e isso muitas vezes acontece como resultado de uma crise.
Barreiras para incluir a cultura na agenda estratégica
Identificamos que dar à cultura uma posição privilegiada na agenda estratégica pode ser um desafio por vários motivos:
- Houve uma visão geral de que este não é um processo fácil. A menos que o tempo e a energia sejam comprometidos com a mudança comportamental e a ela seja totalmente apoiada, a oportunidade de transformação pode ser perdida.
- Havia uma preocupação de que as equipes de gerenciamento modernas tendem a não ter uma cultura de apoio à confiança em comparação com as prioridades estratégicas baseadas em evidências mais difíceis.
- As prioridades de curto prazo geralmente impedem os líderes de investir energia para se comportar de maneira diferente e se “expor” pessoalmente.
O que é necessário para manter a cultura na agenda
- Investir na medição da cultura e na medição do desempenho em relação aos objetivos de cultura acordados.
- Faça com que as pessoas se concentrem em algumas coisas importantes para desbloquear a mudança.
Principais aprendizados
A cultura está fortemente incluída na agenda da sua organização? Ou você acha que não é dada a prioridade que merece? Entre em contato conosco e compartilhe suas visões!
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