Basta acreditar que as pessoas são fundamentalmente boas e ter coragem suficiente para tratá-las como donas, em vez de máquinas. Esse é Laszlo Bock, que recentemente se aposentou como chefe de RH do Google.
Um papel essencial que os líderes podem exercer no ambiente corporativo é a figura do Empoderador – aquele que concede e encoraja o poder ou a tomada de decisão nos outros. O empoderamento não é um processo simples, e pode variar de acordo com a pessoa e a situação. O objetivo é levar as pessoas a operar no seu melhor, incentivando-as a encontrar o seu poder e a ter a coragem necessária para agir.
Mas é importante encontrar um equilíbrio entre o controle autocrático e a completa abdicação. Os empoderadores devem oferecer suporte, orientação e encorajamento para que as pessoas possam tomar decisões e agir com confiança, sem sentir que estão sendo deixadas sozinhas ou sendo microgerenciadas.
Para ajudá-lo a encontrar o equilíbrio no empoderamento, imagine um gráfico com dois eixos: o eixo vertical é o controle do líder e o horizontal é o nível de habilidade, insight e experiência da pessoa que você quer empoderar. Existem cinco níveis de empoderamento:
Deixe-me contar uma história pessoal que demonstra como isso funcionou na minha empresa de consultoria. Muitas vezes, contratávamos pessoas para desempenhar um papel de vendas e depois se envolvendo com os clientes e cuidando dos projetos. E eu desenvolvi uma estratégia para empoderar novos membros da equipe. Na primeira reunião, eu liderava a conversa enquanto o novo membro observava. Na segunda, tomávamos decisões juntos e na terceira, o outro já liderava a conversa. O objetivo era dar cada vez mais autonomia para o novo integrante, sempre apoiando e encorajando. Essa estratégia permitia que as pessoas se sentissem seguras enquanto desenvolviam suas habilidades e autonomia, sem a sensação de serem controladas ou deixadas de lado. A evolução acontecia de forma gradativa e encorajadora, variando de acordo com a experiência de cada um.
Refletindo sobre as cinco etapas de empoderamento, identifique em qual delas você se sente mais confortável e em qual está menos confortável. Pense em pessoas e situações específicas e considere o que pode fazer para colocá-las no nível correto de empoderamento. Se precisar pressionar alguém para assumir mais responsabilidade, encoraje-o e mantenha-se envolvido no nível adequado. Se alguém está ansioso pelo empoderamento total, apoie-o com responsabilidade crescente e nunca faça com que se sinta inapropriadamente controlado. Essa é uma excelente técnica para empoderar os outros.
Este artigo foi baseado no episódio 127 "Empowering others is a process, where are you on this journey? – Empowerment series" do podcast Walking your Talk, de Carolyn Taylor (disponível em inglês).
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